Desculpe, não vendar os olhos
Nem vender o meu silêncio
Uma vontade louca
De dizer tudo que penso
Mas a voz não alcança
Perdi a inocência
E a paciência não agüenta mais
Cansei de tantos mitos
A justiça que nunca vi chegar
O que contar para os netos
Desse mundo de máscaras
Não espere nas calçadas
A multidão vai pelas ruas
Sem censuras escondidas
Não tranque as saídas
Então eu quero gritar
Chega de blá blá blá
Tanto papo furado
O que deu errado não dá pra voltar
Mas o amanhã ainda posso mudar
Engula teu discurso
De teorias infundáveis
Não vai me convencer
Que são robôs alienáveis
Não cruzei os braços
Não pinto a cara de palhaço
Só quero a liberdade
Pra falar minha verdade